



A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA) recebeu, na noite desta segunda-feira (24), a sessão itinerante da Câmara de Vereadores. O auditório ficou lotado por empresários, moradores e imprensa, que acompanharam as principais pautas defendidas pela entidade: segurança pública, situação dos moradores de rua e aumento de impostos.
O presidente da ACIA, Élio Pinto, criticou o Projeto de Lei Complementar 012/2025, que altera o ISSQN no município, revoga trechos do Código Tributário de 2002 e eleva alíquotas para diversas atividades. Ele acompanhou a votação e lamentou a falta de discussão. “Somos contra qualquer aumento de impostos. A pressão tributária gera um efeito cascata que prejudica empregos e o consumidor final”, afirmou.
Segundo Élio, o impacto será expressivo. “Para cada 1% de aumento no imposto, precisamos elevar cerca de 2,5% no preço de venda. Pagamos imposto sobre imposto”, explicou.
A proposta foi aprovada em sessão extraordinária, com votos contrários dos vereadores Lucas Leugi (PSD), Odarlone Orente (PT) e Guilherme Livoti (União Brasil). O texto chegou aos parlamentares pela manhã e foi votado poucas horas depois. “Não houve diálogo. Até os vereadores foram pegos de surpresa”, criticou Élio.
O projeto, enviado pelo prefeito Rodolfo Mota (União Brasil), fixa alíquotas entre 2,5% e 5%, alinhadas à preparação para a Reforma Tributária nacional.
Moradores de rua
Élio também alertou para o aumento de moradores de rua e o avanço da insegurança. “Os arrombamentos voltaram. Apucarana oferece assistência e oportunidades e nada justifica atos criminosos”, afirmou. Para ele, o tema exige postura firme: “É um problema social, mas em Apucarana virou criminal. Precisamos de coragem para resolver.”
A sessão ainda prestou homenagem ao empresário Vlamir Stabile Lopes, falecido nesta segunda-feira. “Uma perda irreparável. Milhares de pessoas foram ajudadas por ele. Seu legado permanece”, destacou Élio.