A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná – FACIAP, divulgou nesta semana uma pesquisa feita pelo instituto Data Censo. Este estudo tem como objetivo geral avaliar a expectativa dos consumidores paranaenses para as compras na Black Friday 2024.
Para isso, foram realizadas entrevistas em Curitiba e Região Metropolitana, além das regiões de: Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Guarapuava e Francisco Beltrão e Pato Branco. O vice-presidente para Assuntos do Comércio da FACIAP e presidente da ACIA de Apucarana, Wanderlei Faganello, explica que a amostra apresenta margem de erro de 4%, com grau de confiança de 95%.
“Segundo a pesquisa, no geral, os produtos que os consumidores paranaenses pretendem comprar na Black Friday, mais citados, são: eletrônicos (Celular/tablet/Notebook/TV e etc.), seguidos por eletroportáteis (Liquidificador/batedeira/ multiprocessador e etc.), roupas, calçados e cosméticos/produtos de beleza”, adianta Faganello.
A pesquisa aponta ainda a estimativa da média do valor que os consumidores pretendem gastar no presente do Black Friday. “A média ficou em R$ 1.392,44. Sendo que os dados mostram que os consumidores das regiões de Ponta Grossa e Londrina são os que mais vão gastar com as compras. Já os das regiões de Maringá e Curitiba são os que pretendem desembolsar menos. Por gênero, os homens irão gastar mais que as mulheres. Por faixa etária, quanto maior a idade, maior o gasto”, diz Faganello.
Compras online x lojas fisicas
Segundo a pesquisa, 55% dos consumidores planejam comprar o presente pela internet. Já as lojas físicas ficam com 34% na preferência em shoppings e 11% no comércio de rua.
O consultor Gustavo Malavota, esteve no congresso da Faciap falando para os empresários sobre os dados da pesquisa. Ele é especialista em vendas, liderança, gestão e criou o método ‘As 10 Ações de Vendas’. “Quem disse que a loja física iria morrer está enganado. O que vemos na pesquisa é na verdade que o cliente quer uma sensação de compra. Quer um valor diferente nesta ação. A empresa precisa aprender a recrutar e treinar sua equipe. Mas também a dispensar o vendedor que não consegue dar um bom dia, uma boa tarde para um cliente. Essas pequenas coisas afastam as pessoas das lojas físicas e as levam para o meio online”, diz Malavota.
Oportunidades
A pesquisa aponta ainda que maioria dos consumidores, independentemente do perfil, realiza uma comparação de preços dos produtos antes e durante a Black Friday, buscando garantir que realmente estão aproveitando as melhores ofertas. Esse comportamento evidencia um consumidor cada vez mais criterioso e pesquisador ao longo do processo de compra. “São pessoas de 26 a 35 anos, seguidos pela faixa etária de 46 a 55 anos, na maioria mulheres. Esses consumidores pesquisam preços, mas gostam de ser bem atendimentos”, diz Malavota.
Para se destacar, os lojistas devem oferecer preços competitivos e reais, evitando práticas que possam gerar desconfiança. Apostar em formas de pagamento práticas e seguras, como parcelamentos atrativos. Garantir clareza nas promoções, deixando evidente o valor do desconto aplicado. “Além disso, estratégias que integrem o ambiente digital e o físico podem atrair diferentes perfis de consumidores, aproveitando o crescimento do e-commerce sem descartar o potencial das lojas físicas é uma estratégia para se diferenciar dos seus concorrentes”, conclui Faganello.